Lençóis, a capital da Chapada Diamantina

A Bucólica, charmosa e encantadora cidade da Chapada

Rua das Pedras, Largo do Banco do Brasil e UNEB e Cachoeirinha

Conhecer a Chapada Diamantina estava há muito tempo no meu radar. Até que nós decidimos visitar aquele espetáculo que a natureza nos reservou. Existem muitas cidades que fazem parte daquela região, mas Lençóis é a mais famosa por ser considerada o portal da Chapada, pela sua infraestrutura hoteleira, restaurantes e vôos regulares. Além disso, possui os casarios do século XIX; a história e cultura herdadas do garimpo; a vida pacata e os atrativos naturais de fácil acesso em todo o seu entorno.

Como residimos em Salvador, optamos por viajar de carro que é mais vantajoso, mas o aeroporto de Lençóis recebe vôos regulares (www.voeazul.com.br). A distância entre as duas cidades é de 426 km, com boas estradas, num percurso muito agradável. Como fomos em Junho nos festejos de São João, repetimos a viagem nos anos seguintes. Segue abaixo o roteiro:

1. Dia: Saímos por volta das 5:00 hs da manhã de Salvador (www.google.com.br/maps/dir/Salvador,+BA/Lençóis,+BA) e paramos no meio do caminho no distrito de Bravo, pertencente à cidade de Serra Preta, para tomar café no Restaurante Sabor da Fazenda que possui um cardápio típico do interior (requeijão na chapa, ovo caipira, cuscuz, etc). Terminada a comilança, voltamos à estrada e só paramos em Lençóis. Como viajamos em grupo, desta vez nos hospedamos numa casa de 2 quartos (www.airbnb.com.br). Almoçamos no O Bode, restaurante de pratos regionais, preços acessíveis e comida muito boa. Lençóis é uma cidade pequena, entra e sai pelo mesmo caminho, possui uma gastronomia muito boa, que só funciona à noite, diversas agências para contratar os passeios e guias autônomos filiados a uma associação.

Dica: não recomendo fazer as trilhas sem um guia, pois eles conhecem os locais mais bonitos, os caminhos mais seguros e não corre risco de se perder na mata.

Contratamos um guia chamado Talis (75 9711-0407 – Whatsapp) que virou nosso parceiro das outras viagens que fizemos à Lençóis. Neste dia, caminhamos pela cidade e fomos ao Serrano que um conjunto de ofurôs entre as pedras. Finalizamos a noite, comendo um delicioso crepe no restaurante do Café do Mato (www.facebook.com/cafedomato) e depois fomos assistir as quadrilhas de forró.

2. Dia: Logo cedo, a temperatura é mais amena, mas depois esquenta muito e olha que estava no mês de junho e, por serem trilhas em Lençóis, não era preciso madrugar. Fomos ao passeio do Poço Halley, Salões de Areia, Cachoeirinha e Primavera, como tinha crianças no grupo, a caminhada foi mais devagar e ficando mais tempo nos lugares onde os pequenos se divertiam mais, mas sempre acompanhados do nosso guia Tallis. Lembre-se de levar um kit sobrevivência (repelente, água, biscoitos, frutas, etc) nas trilhas. Não deve ser muita coisa, para que a mochila não fique pesada. Retornamos do passeio por volta das 14:00hs e com todo mundo cansado e esfomeados. Almoçamos no restaurante Fundo de Quintal (facebook.com/RestauranteeBarFundodeQuintal) ambiente simples e comida caseira muito boa. Ah, a cidade durante o dia fica meio deserta porque a maioria dos visitantes estão nas trilhas, então poucos restaurantes funcionam. À noite jantamos no Ristorante Italiano da Marisa, muito bom, com o peculiar o mau humor da italiana proprietária. E, novamente, curtimos o forró na praça.

Poço Halley

3. Dia: Nosso destino foi o Complexo turístico da Pratinha. Situado a 75 Km de Lençóis (tudo no asfalto), na cidade de Iraquara. É um passeio “Gourmetizado”, pois estão disponíveis: flutuação na Gruta da Prata, stand up, caiaque, pedalinho, sessão de fotos aquáticas, massagens, tirolesa e infraestrutura de restaurante e banheiros. O ingresso à Fazenda Pratinha custa R$ 50,00 reais. Isso te dará direito a circular nas instalações, ter acesso ao Mirante e nadar no Rio Pratinha. As demais atividades são pagas à parte. É muito indicado para quem não gosta ou tem algum impedimento de andar em trilhas, pois parece mais um clube, claro que mais rústico. A Gruta Azul fica fora do Complexo e a entrada é livre. O passeio dura o dia inteiro e só retornamos à Lençóis à noite.

Complexo Turístico da Pratinha

4. Dia: Rumamos à Cachoeira do Ribeirão do Meio, localizada nos arredores de Lençóis, a trilha é tranquila, totalmente plana, com uma caminhada pela sombra da mata, que dura meia hora. O ponto alto desta cachoeira é descer escorregando pelas pedras molhadas até cair no poço, tipo um toboágua natural. Saímos de lá no final da manhã com destino a cachoeira do rio Mucugêzinho, Orquidário e Morro do Pai Inácio. Esses lugares, ficam na BR-242 a 26 Km de Lençóis. Almoçamos num restaurante que fica na entrada para a cachoeira do Mucugezinho, que possui também uma lojinha de cachaça e souvenir. Depois seguimos ao Orquidário e por fim finalizamos com a vista do por do sol no Morro do Pai Inácio, que é imperdível. A Coordenação do Parque implantou escadas nos pontos mais difíceis da subida, facilitando muito o acesso. Nosso último ato foi um belo jantar no restaurante Jerimum (jerimumcomidasertaneja.business.site).

Cachoeira do rio Mucugêzinho

Cachoeira do Ribeirão do Meio

Orquidário

Morro do Pai Inácio

5. Dia: Nosso destino foi o Vale do Capão, situado à 72 Km de Lençóis (www.google.com.br/maps/dir/Vale+do+Capão,+Palmeiras). Aqui vai uma dica importante para quem vai de carro por conta própria, chegar até a cidade de Palmeiras são 53 km de estrada asfaltada, mas o restante (21 Km) são de estrada de terra irregular recomendável para carros Offroads. Nós fomos assim mesmo, mas gastamos o dobro do tempo, pois nossos carros eram baixos. Existe uma opção de ir até Palmeiras e depois seguir de carro de lotação que saem de lá cedo e volta no fim da tarde. O “Capão” é uma vila cosmopolita que parece isolada do mundo, com uma atmosfera diferente. Esse passeio durou dia inteiro.